segunda-feira, 25 de junho de 2012

As 5 MAIORES cagadas da SEGA





Eu posso falar da SEGA com propriedade, já que a Sega sempre foi melhor que a Nintendo na minha concepção, e já sei que você vai dizer que a Nintendo blábláblá, mas eu cresci jogando os games da Sega, já que ela é a criadora do meu amado Master System, que devem estar carequinha de saber, foi meu primeiro vídeo-game, oficialmente (já que o Atari era do meu pai, não necessariamente meu).
Mas como eu sei que milhares, milhões e quaquilhões amam muito esse blog, eu não vou deixar de escrever jamais e vou sempre arrumar tempo pra manter você, retrogamer, entretido com nosso hobby da velha guarda. E para a pauta de hoje, escolhi falar das mais clássicas burradas da minha empresa de games preferida: SEGA. E digo isso sem medo ou traição, porque são merdas épicas mesmo. Difícil não foi achar, foi escolher qual delas colocaria aqui, senão a matéria iria durar pra sempre e os odiadores da extensão textual desse blog iam seguir meus conselhos à sério e voltar mesmo para o Orkut.
Começando sem fazer hora, o nosso considerado Sonic the Hedgehog, o solteirão mais cobiçado das Colinas Esmeralda, perseguido pelas ninfetas Tails e Amy, (Tails é "macho", eu sei, vai se foder) também dá as suas trupicadas quando inventa de ultrapassar os os limites do aceitável e tenta agradar a geração Yakult de hoje. Depois que a Poderosa dos Games Big N também provou que é suscetível às piores diarreias videogamísticas, vide os jogos viadinhos do
Wii, chegou a vez da sua eterna concorrente, a Sega, a única softhouse portadora de necessidades especiais que têm visão de mercado. Até mesmo a casa dos Golden Axe já teve seus dias de mola solta. C0mo dizia o velho profeta Edin, “nem só de Bayonetta viverá a Sega”. Amém. Hoje a empresa é apenas uma softhouse assalariada, mas quem é velho que nem eu sabe bem que na década de 90 o bicho tava pegando na guerra dos 16 bits em busca dos golds de nossos pais. Manifestando o meu mais puro sentimento de puxa-saquismo, este blogueiro destaca que, apesar das cagadas, a Sega teve bem menos desconfortos intestinais em suas andanças no mundo gamer do que a Poderosa. Porém, os deslizes foram equivalentes: se a Nintendo teve o Satella View, os disk drives do N64, o Virtual Boy e o hype do chip Super FX, o que dizer da torcida fanática em cima da trilogia Shenmue (que virou trilogia de um capítulo só)? Ou dos “sensacionais” óculos 3D do Master System, que só faltavam vir com o comprimido de Dramin incluso? E o horrendo 32X e seus jogos mais horrendos ainda (minuto de silêncio por Chaotix, que dá de dez a zero em muito jogo de plataforma recente). Pois é, foi aquele acarajé que tava meio encharcado, o caldinho de mandioca com picadinho de urubu que não desceu bem, mas ainda suspeitamos que alguém ali na Sega, na década de 90, tava abusando do Rivotril com Vodca.
Vamos lá então antes que acabe o papel higiênico. Confira abaixo uma seleção criteriosa de cinco grandes cagadas da Sega em sua história. Não se esqueça de lavar a mão álcool em gel depois:
Cagada n.5 : óculos 3D + tecla de Pause do Master System
Era uma fábrica de estrabismo, aquela merda. O Master System no Brasil entrou para a história como um dos videogames mais simpáticos e preferidos dos jogadores, graças à Tec Toy, que, eras geológicas antes do jogo justo, já legalizava a pirataria desenfreada e a distribuição via camelôs de seus produtos. Contudo, quem comprou o Master System I aí do lado tinha um pequeno problema: ao ter de pausar o seu Alex Kidd, o seu Jogos de Verão ou o seu Mônica no Castelo do Dragão, você constatava, boquiaberto, que o Start não estava no seu controle. O botão de Pause estava ali no console, naquela distância absurda entre o fio e você, perto do conector dos cartuchos. Sim, naquele abismo infinito, naquela lonjura metafísica, lá nos quintos dos Infernos. Experimente pausar o jogo num momento crítico e você vai sentir o que estou falando. Especialistas viciados em Xbox contratados pelo Velho Noob afirmam: a distância dum joystick para o seu console é maior do que a distância que separa o Resto do Mundo do Acre.
Pra piorar, em RPGs (como Wonder Boy, Turma da Mônica, Golden Axe Warrior, Ultima) e em aventuras em plataforma com elementos de RPG (Alex Kidd, Psycho Fox), você precisava acionar o Pause no console para ver sua tela de itens e status. Ou seja: para pausar o game rapidamente, você tinha que cruzar toda a sala, tropeçar no cachorro dormindo no tapete, esmagar os carrinhos esparramados do seu irmãozinho, pisotear os restos de pipoca e Fandangos de milho, tropeçar no seu pai bêbado dormindo sem camisa no chão. Nesse meio tempo, você já perdeu duas vidas, dois Continues, a paciência e a vontade de jogar. Só depois que a Sega lançou aquele controle gigantesco wireless do tamanho dum X-Tudo de rodoviária que esse terrível problema se resolveu, e os segamaníacos puderam voltar para sua serena vida de sedentários. E assim ficaram até o lançamento do Kinect, quando botaram os nerds gordinhos pra fazer exercícios novamente.
Porém, mesmo com esse botão escondido na região pélvica do console, o Master System não poderia deixar de ser um primor de tecnologia. Aliás, ele foi o primeiro videogame a ter óculos 3D, com uma incrível tecnologia de realidade virtual nos games. Pois bem, comprando o acessório aí do lado, esse ray-ban de pagodeiro você conseguia entrar no fantástico mundo 3D dos videogames. Jogue Out run e depois sofra de horríveis dores de cabeça! Aprenda a incrível arte de resistência a enjoos e controle de vômito com Zaxxon 3D! É a evolução natural da tecnologia do celofane azul e vermelho. 
Peritos contactados pela reportagem do FZD advertem: Gerações inteiras ficaram vesgas por jogar perto da TV só pra apertar pause e usar óculos 3D que causavam enjôos cósmicos no intestino delgado da molecada.
Cagada n.4 : jogos tupiniquins
A Tec Toy sempre foi uma empresa camarada com os gamers brasileiros, sempre enrolados com o preço do Playstation e da cesta básica. Por isso, desde que o Master foi lançado, eles tentaram de todas as formas adaptar e mesmo criar games voltados ao público tupiniquim. Seja trocando os gráficos e textos de jogos já lançados... ou seja ela lançando produções próprias. O resultado, evidentemente, é digno de ganhar um Troféu Imprensa: as adaptações eram como os piratões do Mario no Nintendinho… uma podreira sem tamanho, verdadeira bosta de porco espinho azul. Eu não quero esculachar os games brasileiros, mas isso era muito trash nos anos 90. Muito trash mesmo.
Primeiros, os clones: como só os bonecos dos personagens, os textos e algumas telas foram trocados, os games se pareciam com aquelas “ótimas” adaptações do Sonic pro NES ou com o nosso querido Campeonato Brasileiro do SNES. Daí Psycho Fox virou Sapo Xulé contra Os Invasores do Brejo (embora nem tivesse brejo), Wonder Boy II virou Mônica no Castelo do Dragão (com o Capitão Feio aparecendo apenas na tela título), Wonder Boy III virou Turma da Mônica: O Resgate, Teddy Boy virou o game do Geraldinho, e por aí vai. Um mundaréu de jogos sem charme, sem um estilo gráfico próprio, sem um contexto, totalmente aleatórios em seus cenários e desafios. Afinal, trocar o Wonder Boy pela Mônica não engana ninguém, ficou muito foleira mesmo. Os DVDS interativos das Xuxa são mais divertidos que isso.
E os jogos próprios? Em 1996, após uma “longa” pesquisa, a Tec Toy descobriu que um dos personagens mais queridos dos gamers era…o PICA-PAU (oi?). Sim, estamos em 1996: Cavaleiros do Zodíaco, Power Rangers, Shurato, nenhum desses personagens existia. Pois bem, a Tec Toy fez um esforço homérico, cortou muita cana, carregou muito tijolo, e voilà: eis que surge um game 100% brasileiro de plataforma, estrelando o Pica-Pau a salvar os seus amiguinhos do cruel Zeca Urubu, inteiramente em português. Os gráficos até que eram bons, competindo de igual pra igual com o Super NES, mas… a jogabilidade era um desastre! Melhor que ela só o Sarney fazendo um plano econômico. Mas, como sabemos que desgraça pouca é bobagem, começaram a surgir outros games nacionais: um RPG do Castelo Rá-Tim-Bum (é sério isso, não ria do seu país, é antipatriótico), um Street Fighter 2 para Master System (não força a amizade não, Tec Toy) e o SHOW DO MILHÃO! Até o Sílvio Santos se aventurou como astro do Mega Drive. Depois dessa, só faltou um simulador do Programa Raul Gil ou o incrível Guitar Hero Zezé di Camargo & Luciano. Já que Big Brother rolou pra PC. O que falta agora? A Fazendo pra Wii? (não foi uma sugestão)
Ó, e agora, quem poderá nos defender? Não, Chapolin x Drácula não, nem em mil anos, nem com Game Genie e nem no emulador com save state. Não chegue perto desse game, não faça isso, tenha amor à sua vida, dignidade, calças compridas e auto-estima. Não clique aqui e vejas as imagens do game, sério.
Cagada n.3 :Activator

Esse octógono aí no meio emitia raios infravermelhos e captava os seus movimentos, transportando-os para o jogo. Você dá um chute, seu personagem chuta; você anda, ele anda; você dança, ele dança, Ele só não te imita quando você corre pro banheiro, porque cagada maior que o Activator nunca houve.
(ba dum tss)
Lançaram essa parafernália aí para acompanhar o sucesso que Eternal Champions, que andava fazendo mó sucesso do caraio naqueles tempos tristonhos de 1994, Copa do Mundo na terra do Tio Sam, Plano Real e Lílian Ramos à vontade pegando um ar fresco . Para variar, o Activator só foi lançado no Brasil além do Japão e hoje é uma peça de museu, mais raro do que o Santo Graal e as fotos da Xuxa pelada na Playboy. Aproveite para deslocar o ombro jogando com o Dhalsim naquela versão inimaginavelmente tosca do Master System. Essa aberração infra-red foi o tatataravô do seu Kinect. E se o seu Kinect às vezes tem falha nas respostas dos comandos, imagine esse brinquedinho de raio de curto alcance?
Cagada n.2 : o hype absurdo em cima de Shenmue
Que Shenmue prometia (e foi!) um puta jogo inovador e classudo pro DreamCast, isso todo mundo sabe. Se não sabe, dá uma checada aqui depois que eu não tô a fim de explicar exatamente de qual que é a parada. A história do psíquico Ryu Hazuki e sua jornada para conseguir salvar o Espelho da Fênix da máfia japonesa fechou o século passado com chave de ouro, inaugurando um novo tipo de jogo que a geração PS2 não tardou em copiar, reinventando os RPGs, construindo uma baita história boa, diferente e bacanuda… mas o que queimou Shenmue foi a expectativa maluca que revistas de videogame, sites e fofoqueiros de locadora fizeram. Foram previstos três jogos, com um grau de interatividade absurdo, mas, por problemas financeiros, a Sega lançou apenas a primeira versão para o Ocidente, jogando o Shenmue 2 apenas para redes sociais no Japão. As SuperGamePower, Ação Games e Gamers da vida, entretanto, botavam uma pilha exagerada nesse fulano: No Shenmue daria para ver a passagem do tempo, seu personagem ficaria doente e tal, daria para jogar os arcades clássicos da Sega, seria como um simulador de vida real… (isso era novidade na época, acredite)
No final das contas, como todo hype termina em pizza, ficamos com um bom adventure de imersão, com uma das histórias mais bem construídas dos videogames. Já as revistas fofoqueiras preferiram ficar fazendo tricô e vendo a novela das oito, porque hype maior só se veria anos depois com Final Fantasy XII, outro que terminou numa esplendorosa pizza de chocobo…. Ainda se Shenmue tivesse uma ocarina do tempo… Ou a empresa tivesse investido mais Ruppes no desenvolvimento que na publicidade... enfim...
Cagada n.1 : 32X
A meu ver essa foi a cagada maior de todas, um monte colossal de estrume de triceratops depois de dois milk shakes de banana. O Velho Noob bate o pé: o 32X é uma das engenhocas mais inúteis do mundo dos videogames, um acessório tão vagabundo e enganador que não dá nem vontade de comentar. Olhando mais atentamente, a incrível máquina que “turbinaria” o Mega Drive nada mais é do que um adaptador pega-trouxa. Os “muitos” jogos do 32X, que somam menos audiência do que reprise da Maria do Bairro, não valem os tostões gastos com a porcaria. Economize uma grana e compre aquele incrível Polystation com dois controles e duas pistolas no importabandista da esquina que você leva mais vantagem. inclusive em qualidade gráfica dos jogos. Com dois chips de 32 bits e processador para gráficos 3D, bastava ligar os dois cabos do 32 X no Mega e na TV e conectá-lo na entrada de cartuchos para desfrutar duma verdadeira experiência de 32 bits. UAU, VOCÊS OUVIRAM O QUE O MOÇO DISSE?! Então quer dizer que enfim o meu Mega Drive emparelhou com o Super Nintendo em desempenho técnico? Enfim as preces puxa-saquísticas da Ação Games foram ouvidas? Sim, sim, você poderá jogar Doom no seu Mega Drive com sangue esguichando pelas paredes, sem slowdowns, ou então o Mortal Kombat 2 numa versão idêntica ao arcade que você joga no buteco á 20 cents a ficha? SEUS PROBLEMAS SE ACABARAM-SE!
Mas, como não poderia deixar de ser, o Sega Saturn já tinha sido lançado na época (em 1995) e, um ano depois que lançaram o incrível maravilhoso fodástico e motherfucker badass 32X, a divisão da Sega responsável pelos jogos anunciou que o acessório seria abandonada para dar mais ênfase ao Saturn. Claro. Aí você sente que a cueca esquentou depois de pedir, implorar e se humilhar para seus pais comprarem a coisa de natal . Você olha para a lista de jogos e vê uns cinco decentes, o resto uma porcaria e um deles exclusivo para o Japão. Para piorar, há jogos do 32X que só funcionam com o Sega CD acoplado ao Mega Drive. Você montava aquela bagaça, somando TRÊS MALDITAS fontes de alimentação, ficava parecendo um megazord ligado na máquina de oxigênio. Mega Drive que se combina com 32x, que digivolve para Sega CD, que MEGA-ULTRA-DIGIVOLVE  PARA… MEGA SEGA CD 32X!!! Aproveite para platinar o Primal Rage, aquele “perfeito” jogo de luta com primatas e dinossauros distribuindo patadas e mordidas, e descubra que “a nível de” vagabundagem existe sim, e você é só um amador Bom, o melhor agora é tomar um banho e passar talco antes que asse, mas não podemos nos esquecer de outras “obras” da Sega. Vem aí a…
Menção Difamatosa: os protagonistas sem carisma
Todo videogame que se preza precisa ter o seu mascote, o protagonista do jogo principal de seu sistema, que vai defender as suas cores até o apocalipse zumbi acontecer. Os videogames da Nintendo têm o Mario; o Playstation já teve Crash Bandicoot,  a SNK tem Kyo Kusanagi; a Atari teve Pitfall; até o obscuro Bandai Playdia teve os personagens do Dragon Ball. Pois bem, a Sega já teve bons protagonistas… num passado distante quando ainda existiam pirulitos do Zorro e guarda-chuvinhas de chocolate, quando a Pan fazia CIGARRINHOS, e não Tubinhos de Chocolate.
A Sega teve antes dos 16 bits tinha um mascote, o Alex Kidd, o orelhudo moleque príncipe do planeta Radaxian, com sua luva de boxe que dava uns jabs muito da hora, mas vencia os chefes no Jo Ken Po. Daí, na época do Mega Drive, para competir diretamente com a Nintendo, criaram um bom protagonista, carismático, rápido, com uma história convincente e um time de coadjuvantes interessantes. Sim, o nosso considerado Sonic, Queniano corredor da São Silvestre. Porém, no final da era Mega Drive, quando começava o reinado do Saturn…
…eis que nada de jogo novo do Sonic para o novo sistema! Mistério… e eis que começam a surgir os protagonistas mais apagados da história em alguns games que bem que mereciam ser esquecidos, mas sempre aparecem nas benditas coletâneas da Sega. Afinal, um onanista que desenha quadrinhos e é tragado para dentro do gibi (Comix Zone), uma estrela com braços e pernas e uma sexualidade andrógina  e um pardal com uma dinamite no lugar da cabeça (Dynamite Headdy) renderiam um bom game, um jogo memorável? Não, nem que corressem a mil por hora e vivessem recuperando esmeraldas do Caos. Daí chegamos ao Saturn e o que vemos? Um Street Fighter de lutadores de papelão (Virtua Fighter), uma entidade viajando nos sonhos das pessoas (Nights) e um cavaleiro de dar corda indo atrás de sua amada (Clockwork Knight). CADÊ O SONIC, MACACADA? CADÊ O ALEX KIDD, HOMEM DE DEUS? O QUE FIZERAM COM OS BRIGUENTOS DO STREETS OF RAGE? Cade aquela galera que TODOS queriam ver em 3d? Nem o Space Harrier perdoaram…e a sequência do E-SWAT? E os bárbaros do Golden Axe, cazzo?
Pois é, a Sega abandonou seus protagonistas mais idolatrados, investiu numa turma mais carismática que o elenco de apoio d’A Turma do Didi, e aí a cagada estava feita. Muito tarde, a Sega resolveu ressuscitar alguns de seus protagonistas (vide Sonic 3D Blast, Sonic Adventures, Sonic Fighters…), quando o Saturn já tinha perdido a briga de foice contra o Playstation e o sexagenário da Nintendo. Para piorar, esse elenco de segundo escalão está presente em praticamente TODAS as Sega Collection da vida. E honestamente, nem por curiosidade se joga essa merda hoje em dia.
Bom, querido leitor, esta é a vida da Sega, cheia de buracos, degraus, sarjetas e vagas para deficiente. Depois dessa caganeira, nós do VELHO NOOB recomendamos ao leitor que procure ajuda médica urgente, antes que a salmonela dê um fatality. E não se esqueça de deixar seu comentário feliz e serelepe aqui embaixo, porque sua opinião é bastante interessante pra mim.
E aí? Não sabe o que significa ONANISTA?  - google, meu filho. Eu tenho certeza que voce vai procurar e vai descobrir que você é um.