terça-feira, 17 de julho de 2012

Sweet Home [NES]

Qualquer um que tenha dois neurônios e tenha lido pelo menos dois post dos Velho Noob sabe muito bem que A) eu sou muito debochado e preciso de tratamento psiquiátrico e B) eu sou muito fã de TERROR e GAMES DE TERROR. Como já devem ter sacado pelo meu canal no Youtube, qua aparece na barra lateral do site (ou clicando aqui) . Neste canal eu faço resenhas bem humoradas sobre os filmes de terror clássicos e/ou trashs. Se ainda não assistiu, dá uma pausa na leitura e clica lá pra assistir.
OK, eu espero, vá lá.

(musiquinha de transferência de chamada, chamada em espera)

Certo, agora que você já conhece os meus vídeos e sabe do que estou falando, quero abrir o tema da nossa matéria de hoje. Você sabia que tinha um game "survivor horror" no NES?.
Não minta pra mim, moleque. Nem eu sabia dessa bagaça.
Na verdade, chafurdando nas entrepanças (nossa!) do meu HD e pacotes infinitos de roms, eu me deparei com isso. Daí eu corri pra net e pesquisei, e não é que essa coisa é
real mesmo? REALMENTE existiu um game do gênero "borrar as calças" no nintendinho! Parem as prensas! Mas que diabos é isso? Como eu passei a minha infância e adolescência inteira, além do início da vida adulta, sem conhecer esse game? Como eu vivi um quarto de século sendo fã de jogos assim e nunca, por nenhum acaso, esbarrei nessa pérola?
Pois foi isso mesmo, senhores. Eu que muitas vezes me gabo de conhecer as entranhas das softhouses empoeiradas, e que muitas vezes naveguei por circuitos e estantes de locadoras nunca dantes navegadas, eu que matava aula de catecismo pra assistir Street Fighter no SBT, eu não sabia da existência desse jogo.

(momento triste e solene, oremos de cabeça baixa e em silêncio)

Superado o trauma e a decepção, onde tive que reavaliar minha concepção sobre Deus, o Universo e as Coisas, decidi escrever sobre esse game, que apesar de ter elementos de RPG, é também considerado um SURVIVOR HORROR. Notavelmente o estilo de jogo que mais gosto. Então vamos lá e espero que gostem.
Lançado em 1989 para a Nintendo e produzido pela mercenária sanguessuga estupradora de criancinhas poderosa Capcom, o game foi considerado por alguns o primeiro Survivor Horror do mundo! Sweet Home é o que podemos chamar de “Pai” (ou avô, se pensarmos bem) de Resident Evil. Sabe essa franquia de zumbis que atualmente está mais perdida que piriguete em show do Oswaldo Montenegro, mas que um dia foi legal à beça? Pois é. Esse jogo mesmo. Dá pra perceber, nos primeiros Residents, muitas coisas que existem nesse game. Um dos motivos é sua produtora, a Capcom, que após sete anos lançou Resident Evil para Playstation - “jogo no gual eu não consegui parar de jogar na época”. Aclamado pela crítica, adorado pelos pirralhos gamers da época e jamais jogado após o sol se por.
O que quero dizer é que Sweet Home claramente foi inspiração para Resident Evil em muitos aspectos. No uso de sprays de cura, uma mansão no meio da floresta, passagens secretas, os quebra-cabeças e até mesmo os "loadings" quando o jogador entra em uma porta e a mesma fica em primeira pessoa para passar de um ambiente para o outro. Você vai dizer que o Nintendinho não precisava de Loadings, e eu vou concordar com um risinho sarcástico. Mas a IDÉIA da transição já existia nesse jogo. Sacou? Para os parâmetros de hoje, o jogo não passa de um emaranhado de poucos pixels, mas para a época foi bastante assustador e emocionante. E eu estou empenhado na tarefa de zerá-lo neste exato momento.
Um joguinho de nome inocente: “DOCE LAR”, mas tão cheio de surpresas que até inspirou o nome para o jogo “RESIDENT EVIL”, devido a uma frase em Sweet Home que dizia: ”You must escape this house of resident evil!
Você deve ter soltado um palavrão agora, e eu digo amém. 


Todos nós sabemos, porém, que os jogos de terror nunca foram muito populares no NES (8 bits). Apenas conheço jogos baseados em filmes como Sexta Feira 13 e A Hora do Pesadelo, infelizmente esses jogos são um grande e colossal desperdício de bits. Na época tínhamos uma TV em preto e branco que mais parecia um caixote de madeira e fazia um barulho absurdo quando trocava-se o canal e minha mãe nunca deixava ligar nenhum vídeo game pois ela dizia “Isso ai vai estragar a imagem da TV “. (quem nunca?) O jogo mais maravilhoso de terror para o “NES” passou batido por aqui. Motivo: O jogo só foi lançado no Japão. O que isso tem a ver com minha mãe pirar de ligar videogame na Tv dela? Nada.


História do jogo:
Uma mansão antiga e deserta possui os quadros de um famoso pintor há muito tempo falecido, o honorável Mamiya Ichirou
Pouco se sabe sobre os últimos dias do pintor, e um grupo de repórteres resolve invadir a mansão e fazer um documentário. Claro, porque isso é uma exceleeeeeeeeeente idéia. O problema começa logo que entram na residência. LOGICAMENTE. A porta se fecha, um pequeno terremoto sacode todo o lugar bloqueando a entrada com um deslizamento de terra. Para melhorar, o espírito da esposa de Ichirou aparece e avisa que quem invade a casa dela paga um preço terrível. E não estamos falando de couver artístico. Estamos falando de uma mulher muito doida, cara. Aos poucos a história da mansão vai sendo revelada através dos quadros e diários encontrados. Se isso te lembra Resident Evil, parabéns pra você. Sabe-se que a senhora Mamiya, esposa do pintor, acidentalmente matou seu filho. O garoto caiu no incinerador da mansão, a mulher acabou se queimando ao tentar salvá-lo. Acidentalmente. Eu não quero questionar as habilidades maternais de ninguém, muito menos uma honorável japonesa xintoísta, mas cá pra nós: QUE TIPO DE MÃE DESNATURADA É ESSA QUE TA NINANDO O GURI NA BEIRADA DA PORRA DO INCINERADOR? 
Após o trágico fato, Mamiya enlouqueceu e passou a matar várias crianças da região com o objetivo de enviar “amiguinhos” para seu filho morto. Na cabeça dela isso faz sentido, não a julguem.
Essas crianças também eram jogadas no incinerador. Beleza. Com o tempo, ela resolveu acabar com a própria vida e suicidou-se. Porque suicidar-se é a melhor forma de acabar com a própria vida, segundo estudos japoneses. 
Sr. Ichirou, então, que já estava de saquinho cheio de ver sua mansão transformada em crematório de criancinha carente, pensou que os crimes iam terminar após a morte da esposa. 
Infelizmente profanaram o tumulo de sua criança e o espírito enfurecido da mulher possui a casa, dando seqüência aos assassinatos (quem em sã consciência violaria um túmulo xintoísta? Alguém que nunca jogou Fatal Frame, obviamente). Acredita-se que o pintor morreu ao tentar enfrentar o espírito da mulher, pois a última frase do seu diário é: "Seu espírito foi possuído pela fúria! As mortes inocentes devem parar... mesmo que isso signifique perder minha própria vida”.


Anos depois está você lá querendo gravar um documentário.
Porque personagens de videogame são tão espertos?


E aê, ficou curioso com o game? Quer jogar ele? Abra ai seu emulador preferido e baixe a ROM americana AQUI, Ó     


DEIXE SEU COMENTÁRIO e me perdoem a demora nos posts. Eu ainda tenho uma vida aqui. Abraço pra todo mundo e pelo menos uma vez por semana a gente se esbarra aqui!

Agora deixa eu voltar aqui pro game. Esse jogo tá me deixando doido já...